Itaituba

Figuras de Pensamento

A vida familiar



A vida em família é uma loucura, mas é uma loucura sã: reunir-se aos domingos, ouvir canções, assistir filmes e outras coisas mais. Nessas reuniões acontece cada coisa que eu quase morro de rir...

ARTIGO DA SEMANA


TECNOLOGIA: DEPENDÊNCIA OU NECESSIDADE?




      A todo o momento utilizamos a tecnologia, seja para mandar um recado, passar um fax, tirar uma foto, para conversarmos, enfim são inúmeras as utilidades que a tecnologia nos oferece.
      Há cerca de 60 anos atrás muitas coisas que fazemos hoje não eram possíveis, como por exemplo: viajar para china em cinco dias, estar em diversos lugares do mundo apenas com um click, dentre outras.
       O mundo era mais lento, as informações chegavam através de cartas pombos correis ou charrete, os amigos eram os do bairro, e o mais longe que se ia era na casa de campo da família. No entanto, com o passar dos anos sofremos um processo de evolução, não a evolução das espécies de Darwin, mas a evolução tecnológica.
Tudo começou com as revoluções industriais, ganhando força com a guerra fria, surgindo dos porões da guerra uma máquina chamada computador. Após o aparecimento do mesmo, o mundo mudou.
Contudo, a tecnologia não parou por ai. Por sermos consumidores exigentes, sempre queremos mais e em resposta a esse anseio o mercado tecnológico lança novidades todos os dias, tudo para facilitar a vida humana. Se lá na pré-história o homem estava começando um processo de sedentarismo, podemos afirmar que nos dias atuais o homem esta concluindo esse processo.
Essa reflexão instiga uma inquietação: conseguimos nos dias de hoje viver sem o auxílio da tecnologia?

Produzido por: Marques Junior Soares de Sousa.

PREGUIÇA GIGANTE: PALEONTOLOGIA NO TAPAJÓS


O material estava enterrado em uma propriedade privada em Itaituba e foi
encontrado durante escavações para fazer um tanque de criação de peixes. Ao
que tudo indica, os animais foram levados por uma enxurrada e ficaram presos
em um buraco.
O fóssil de uma preguiça gigante encontrado em julho do ano passado, no
município de Itaituba (PA), juntamente com os restos de outras duas
preguiças e um mastodonte, possui 13.340 anos. O material foi datado nos
Estados Unidos, e o resultado do exame foi encaminhado na semana passada ao
Museu Paraense Emílio Goeldi, instituto de pesquisa vinculado ao Ministério
da Ciência e Tecnologia e responsável pelo estudo do material.


Somente o fóssil de uma preguiça pôde ser datado porque preservou o colágeno,
proteína contida no osso, o que possibilitou a datação do material através
da análise do Carbono 14. Essa é a primeira datação em um exemplar em
fósseis de mamíferos da Amazônia.
O fóssil do animal encontrado é uma de uma preguiça gigante terrícola, da
ordem Xenarthra (ou Edentata), grupo muito antigo na América do Sul, cujos
representantes atuais são o bicho preguiça, o tatu e o tamanduá. O mamífero
gigante media cerca de 6 metros de comprimento, vivia na terra e se
alimentava de folhas.
O material estava enterrado em uma propriedade privada em Itaituba e foi
encontrado durante escavações para fazer um tanque de criação de peixes. Ao
que tudo indica, os animais foram levados por uma enxurrada e ficaram presos
em um buraco. O mastodonte seria mais antigo, pois se localizava mais abaixo
do local onde foram encontrados os fósseis das preguiças, a cerca de 3
metros da superfície.
O grande porte do animal, a dificuldade de movimentação e o fato de viver em
bandos confirmam a teoria de que há cerca de 14 mil anos, a Amazônia era uma
imensa savana, parecida com o que é hoje a África. “Com essas
características é impossível imaginar que a preguiça vivesse em uma floresta
densa”, explica o paleontólogo e diretor do Museu Emílio Goeldi, Peter
Toledo, que estuda os fósseis encontrados.

HOMEM – Segundo Toledo, o homem ameríndio conviveu com as preguiças, por
isso, a descoberta é importante para estudar como ele pode ter contribuído
para as mudanças no ecossistema. O pesquisador destaca também que as grandes
transformações na vegetação ocorreram em função de mudanças na posição da
Terra em relação ao Sol que acarretaram variações do clima, correntes
marítimas e na paisagem. “A Amazônia é uma região instável; pequenas
oscilações do clima desencadeiam grandes mudanças na região”, ressalta. Em
virtude disso, alerta o pesquisador, é necessário conter a devastação e
fazer planos de manejos adequados para evitar que a Amazônia possa se
transformar em um grande deserto.


Caribe brasileiro ( Praia de Alter do Chão)


Alter do Chão é uma vila turística localizada a 32 Km de Santarém, no Estado do Pará, às margens do Rio Tapajós, afluente do Rio Amazonas. O acesso é feito a partir de Belém, em vôo até Santarém e, de lá, traslado via terrestre, em estrada asfaltada.


O Rio Tapajós possui águas cristalinas e esverdeadas - característica única entre os afluentes do Amazonas - e na sua foz, proporciona o fantástico espetáculo do encontro de suas águas com as barrentas do Amazonas, sem misturar-se. Esse fenômeno ocorre devido as diferentes velocidade e densidade das correntes.


Conhecida como “Caribe Amazônico”, o município tem cerca de 2.000 quilômetros de praias exóticas, algumas de fácil acesso e outras completamente desertas e isoladas, banhadas pelas águas claras do Tapajós.


Além de praias fluviais e passeios de barco pelo Rio Tapajós, a região ainda oferece cachoeiras, florestas e inusitadas formações rochosas, ideais para a prática de esportes de aventura, como trekking e canoagem. Para quem gosta de pescaria, existem saídas diurnas e noturnas, em barcos fretados. Vale a pena pernoitar a bordo.

A pequena área urbana de Alter do Chão abriga o Centro para a Preservação da Arte, da Cultura e da Ciência Indígena (CPAI), conhecido como Museu do Índio, onde podem ser encontrados objetos raros e a história de 70 tribos da região amazônica.

Confira as principais atrações:

Artesanato local: produtos artesanais dos produtores locais manufaturados com materiais da região, visando difundir o que Alter do Chão tem de especial, atraindo gradativamente um número maior de visitantes a fim de apresentar a cultura e comercializar os produtos típicos da região.

Belterra: localiza-se em uma planície elevada às margens do Rio Tapajós, coberta por densa floresta. A cidade idealizada e construída por Henry Ford na década de 30 em típico estilo das pequenas cidades do sul dos Estados Unidos, foi criada com objetivo de abastecer a industria automobilística com borracha. Emancipada como município em 1997, ainda preserva as características americanas em suas construções.

Canal do Jarí: canal que liga o Rio Amazonas com o Rio Tapajós, é caracterizado por fauna e flora tipicamente amazônica (várzea). Possibilidade de focar jacarés, pescar piranhas e observar a belíssima revoada dos pássaros.

Encontro das águas: assim como o Encontro dos Rios Negro e Solimões, outro Encontro de Rios que chama atenção é o dos rios Tapajós e Amazonas. As águas destes rios se encontram, no entanto não se misturam, deixando uma marca bem definida de cada um. Isso acontece devido a diferente velocidade e densidade das águas.

Floresta Nacional do Tapajós: tem mais de 600 mil hectares. Criada em 1974, é tomada por essências nativas da região, como o babaçu e várias espécies de animais silvestres (cutias, onças e macacos).

Lago Verde: área situada às margens do Rio Tapajós. O nível da água oscila cerca de 10 metros ao longo do ano. O pico da cheia é no mês de junho, e novembro é o mês do nível d'água mais baixo. O Lago Verde possui cerca de 165 ha e margeia a Vila de Alter do Chão. O lago é formado pelo represamento da bacia com o Rio Tapajós. O Lago Verde é alimentado por dois igarapés principais, Jutuarana e Sonrisal, que desembocam nas cabeceiras do Macaco e Cuicuera e são formados por vários outros igarapés.

Museu Dica Frazão: o museu foi construído em homenagem à senhora de mesmo nome, uma artesã santarena dona de uma técnica única no mundo inteiro, capaz de transformar capins, raízes, fibras e cascas de madeira em belos e finos tecidos, com os quais produz um maravilhoso artesanato.
Praias desertas do Rio Tapajós: localizadas na margem direita do rio Tapajós, ficam a 30 km de Santarém por estrada pavimentada. O acesso por via fluvial leva cerca de 3 horas através do rio Tapajós. As mais indicadas são Ponta do Cururu e Ponta do Mureta, próximas à vila, porém praticamente desertas e muito belas. O acesso é feito através de canoas motorizadas que podem alugadas na vila de Alter do Chão.

Praias fluviais do Rio Arapiuns: um dos passeios mais bonitos da região, que pode ser realizado em dois, três ou quatro dias, percorrendo o rio Arapiuns e afluentes da região, visitando comunidades locais e diversas praias fluvias desertas. Localizado à margem esquerda do rio Tapajós, o rio Arapiuns tem acesso exclusivo por via fluvial. É no verão que surgem as inúmeras praias como a Ponta do Icuxi, de areias brancas e finas, às vezes formando pequenas dunas, com águas cristalinas e verde-azuladas. Outra atração bastante conhecida na região é a cachoeira do Aruã, dividida em duas quedas d´água, separada por uma pequena ilha coberta de vegetação. Excelente lugar para a prática de caminhadas e canoagem. Não existe infra-estrutura na região do Arapiuns, exceto um posto telefônico e posto de saúde.

Praias na região de Santarém:
- Praia de Canapanari: é uma praia deserta. O acesso até lá só pode ser feito por via fluvial.
- Praia Maracanã: uma das praias mais próximas da cidade, distante cerca de 6 km por via terrestre, com estrada pavimentada e sinalizada. O seu acesso pode ser feito também por via fluvial. Dispõe de pequena infra-estrutura para a venda de alimentos e bebidas.
- Praia de Maria José: é deserta e não dispõe de infra-estrutura. Chega-se somente através do rio.
- Praia de Pajussara: seu acesso é feito por via terrestre, passando por propriedades particulares. o acesso também pode ser feito por via fluvial.

Ponta de Pedras: fica distante 23 km pelas rodovias pavimentadas e mais 12 km por estrada não pavimentada. A beleza do lugar, com suas formações rochosas, chama a atenção. Dispõe de pequena infra-estrutura para a venda de alimentos e bebidas.

Ponta do Cururu: localizada próxima à vila de Alter do Chão, com acesso pelo rio (30 minutos).

Serra Piroca: localizada próxima a praia de Alter do Chão, é possivel caminhar até o mirante que oferece ótima vista do Rio Tapajós e Alter do Chão.

Direitos reservados http://www.pousadadomingote.com.br/site/alter.php

TRANSAMAZÔNICA: 40 ANOS DE LAMA E POEIRA



Thomaz Favaro, de Rurópolis, Pará
Araquém Alcántara
SEIS MESES POR ANO
Nos 2 200 quilômetros sem asfalto da Transamazônica, o tráfego só flui na metade
sem chuvas do ano

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Quem viaja pela Transamazônica tem a impressão de trafegar sobre um esboço de estrada. O asfalto só existe em trechos esparsos e a sinalização é um luxo inexistente. Nos seis meses do verão amazônico, a falta de chuvas ajuda a secar os atoleiros e o tráfego flui em meio a grossas nuvens de poeira. Centenas de tratores ocupam-se de efetuar reparos em vários pontos. É um ritual que se repete há décadas no período da seca. Nos seis meses seguintes, quando a chuva não dá trégua, a natureza e o tráfego de caminhões se encarregam de destruir o pouco que foi consertado. Acaba a poeira, volta a lama. Os caminhoneiros já se adaptaram ao ciclo infernal. "Quando as mangueiras e castanheiras começam a florir, é hora de voltar para casa", diz o gaúcho Alemar dos Santos, caminhoneiro há três décadas, que trabalha apenas na metade seca do ano. Os atoleiros tornam o frete tão caro que muitas vezes não vale a pena fazer o transporte. Quem insiste acaba por enfrentar um rali na selva. "Para percorrer os mesmos 800 quilômetros, demoro oito dias no verão e 25 no inverno", diz o paraense Antonio Eduardo Figueira, cuja carga inclui peças de motocicleta e combustível. Faz parte de sua rotina passar noites em atoleiros à espera de um reboque.
Solano José/AE
Obra faraônica
Abertura da Transamazônica na região de Altamira, em 1972
A Transamazônica tem mais de 4 000 quilômetros de extensão. Se tivesse sido aberta na Europa, cruzaria o continente de Lisboa a Moscou. O projeto original previa a fronteira com o Peru como ponto final, mas o último trecho nunca foi construído. A parte nordestina, com cerca de 2 000 quilômetros, é asfaltada e pode ser usada durante todo o ano. O governo federal prometeu pavimentar o trecho amazônico com maior população em seu entorno, uns 850 quilômetros, no Pará, até 2011. As obras andam a passo de jabuti, em parte devido a pendengas judiciais. Até agora, estão prontos menos de 200 quilômetros. Mantido o ritmo atual, levará mais vinte anos para o serviço terminar. Só então se pensará em asfaltar os restantes 1 300 quilômetros de chão batido.
A estrada que atravessa a maior floresta tropical do planeta permite uma visão dolorosa das mazelas do Norte brasileiro. No trecho dentro da Amazônia Legal vive 1,2 milhão de pessoas, das quais 66% não têm água encanada e 27% não têm instalações sanitárias. O índice de analfabetismo é o dobro da média nacional. A parte mais próspera é no Pará, onde a floresta derrubada foi substituída por pastagens, fazendolas, vilas e cidades que vivem em função da rodovia. A produtividade das plantações de cacau é a mais alta do país. Mas a distância e a precariedade da estrada tornam o frete cinco vezes mais caro que o do cacau da Bahia, o maior produtor nacional.
Para quem tem urgência, a Transamazônica é um obstáculo. O agricultor José Lázaro Magalhães, de 55 anos, mora em um vilarejo localizado no ponto em que a Transamazônica e a BR-163 são uma só estrada por 110 quilômetros. O médico mais próximo fica a 300 quilômetros dali, em Santarém. Se um de seus dois filhos fica doente no período de chuva, José tem de literalmente se desviar da rodovia. O trajeto até o médico inclui 30 quilômetros de carona no sentido contrário até o Rio Tapajós, para então seguir de barco rumo a Santarém. "Saímos cedo para amanhecer no outro dia no hospital", diz José. Não há praticamente oposição ambientalista ao asfaltamento do trecho paraense. O asfalto vai permitir o escoamento da produção local e melhorar a vida dos moradores. A maioria dos fazendeiros tem título de propriedade de suas terras. A situação é bem diferente no estado do Amazonas. Lá a floresta está praticamente intacta e há poucas comunidades no entorno da estrada. Em parte, isso se deve à dificuldade de acesso. A região tem todos os ingredientes que servem de estímulo à grilagem e ao desmatamento: abundância de terras, estrutura fundiária pouco definida e ausência do poder público. A Transamazônica foi uma das três maiores obras de infraestrutura projetadas pelo regime militar na década de 70, ao lado da Usina de Itaipu e da Ponte Rio-Niterói. Naquele tempo, ninguém achava má ideia ocupar a Amazônia com os agricultores malsucedidos de outras regiões, sobretudo nordestinos flagelados pela seca. Nunca houve um estudo de viabilidade econômica ou de impacto ambiental para justificar a construção da rodovia e a colonização de seu entorno.
Os primeiros moradores da região cortada pela Transamazônica foram festejados como exploradores de um novo eldorado – mas ficou evidente que quase 90% das terras em torno da estrada eram ruins para a agricultura. Quando o goiano Antônio Silva da Costa, 49 anos, chegou ao município de Rurópolis, a 200 quilômetros de Santarém, em 1979, já encontrou os colonos em debandada. Antônio formou uma fazenda a 7 quilômetros da Transamazônica com a compra dos lotes dos assentados que desejavam ir embora. Hoje, ele é dono de 500 cabeças de gado, planta milho e arroz. Mas sua família – são onze filhos, dos quais oito ainda moram em sua casa – sofre com a mesma falta de infraestrutura que afugentou os primeiros colonos. "Passo seis meses ilhado, porque com a chuva é impossível chegar até a rodovia", diz Antônio. O asfaltamento completo da Transamazônica está previsto para ser feito em três etapas. Ao todo, a obra vai custar 2,3 bilhões de reais aos cofres públicos. Isso significa que cada quilômetro de asfalto sairá por cerca de 1 milhão de reais. É caro, mas é o preço a ser pago por quatro décadas de equívocos e falta de planejamento.
O desastre das agrovilas
Léo Caldas/Titular

O projeto de colonização do regime militar previa a criação de agrovilas, pequenas comunidades na beira da Transamazônica. No papel, cada uma teria até 64 famílias, escola, igreja ecumênica, posto médico e pequeno comércio. Umas poucas agrovilas prosperaram e se tornaram cidades, como Rurópolis, no estado do Pará, com 30 000 habitantes. O maranhense José Pereira Silva, de 63 anos, chegou ao município em 1975 para ocupar um lote de 100 hectares dentro de um programa de colonização – e não encontrou nem sombra da infraestrutura prometida. "O Incra só abriu uma estrada vicinal e entregou o título da terra", diz. Sem tecnologia para produzir nem meios de escoar a colheita, tudo o que José conseguiu durante trinta anos foi manter uma agricultura de subsistência no meio da floresta. Hoje, ele vive ainda mais isolado do que quando chegou. A maior parte dos colonos foi embora e a estrada vicinal de 7 quilômetros que liga seu sítio à Transamazônica fica intransitável durante metade do ano. Nem energia elétrica ele tem.
 PUBLICADO PELA VEJA.COM http://veja.abril.com.br/especiais/amazonia/40-anos-poeira-p-54.html
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